Sistema Solar
Átomo
Há poucos dias, numa conversa de amigos com amigos, um amigo “arremessou” esta frase, que atribuiu a Nikolai Berdiáyev, para defender a sua opinião acerca do que teorizavamos na área das linguagens simbólicas, energéticas e da metafísica:
"A pessoa é integral, não pode ser parte de um todo cósmico ou social…"
Conheço alguma coisa de Berdiáyev, pelo menos o suficiente para perceber que esta frase talvez esteja desfazada de um contexto, sem o qual será, porventura, desvirtuado o seu sentido.
No entanto, despoletou em mim a memória de uma aula do 5º ano de astrologia psicológica no Quíron, com o prof. Nuno Michaels, em que o conceito de “hólon” ou holonarquia foi abordado.
Um holón é algo que é simultaneamente em si próprio inteiro e parte de um todo... como um átomo que é em si próprio inteiro mas parte de uma molécula. A molécula é em si completa e parte de uma célula. Ou uma célula que é inteira, mas parte de um tecido. Um tecido também é um holon, em si completo e parte de um órgão. Um órgão é, em si completo e parte de um organismo… até ao infinito.
Neste sentido, também o homem é parte de uma família, que é parte de uma tribo ou sociedade que é parte de um país ou nação, inserido num planeta que é parte de um Sistema Solar numa Galáxia, etc.
O que me permite contrapor à frase do meu amigo: a pessoa é integral “e” parte de um todo. Se é primeiro Cósmico e depois social ou vice-versa, depende da perspectiva individual e do contexto em que seja considerado.
O Universo compreende sistemas dentro de sistemas, dentro de sistemas.. do Macro ao Micro ou do Micro ao Macro, todos os sistemas se correlacionam não se passando nada num sem que o outro seja, de algum modo, afectado!!
Cada sistema é "aberto", em expansão/evolução… tal como as consciências..
Esta é a Ordem Universal que me faz sentido. E para isso estudo metafísica, porque me ensina a dar sentido à existência, sem o qual me sintiria à deriva, alienada dos Valores... dos Valores Absolutos, autênticos porque eternos e imutáveis… os verdadeiros paradigmas que têm origem nos arquétipos e têm nos mitos a sua correspondência antropomórfica!
São as Leis que regem o Universo e às quais não temos como fugir mas antes conhecer e integrar na vida de todos os dias. A cada momento.
A reconciliação com estas Leis traz-nos a verdadeira felicidade para que a Vida Plena possa ser uma realidade… e, a Vida Plena, é a vida do espírito em nós… a parte divina que nos coube a todos e a cada um e não só no homem, como em todos os reinos e sub-reinos físicos, infra físicos e supra físicos. Em todas as realidades…
As Leis não são dogmas. Os dogmas foram criados pelos “senhores" das religiões para manterem os homens na ignorância que é o condimento básico para os terem sob controlo, enquanto forem incapazes de pensar pelas suas cabeças e agir pelas suas próprias pernas. De se individualizarem. Os dogmas mudam com as conveniências...
O homem fez a sua escolha; elegeu a personalidade separada em detrimento da alma e/ou do espírito… quando também é alma e é espírito… ponto de união entre todas as coisas… daí resultam as misérias que se vêm provenientes dos falsos valores, quando não da sua completa ausência! Esqueceu-se da sua inevitável inserção em algo maior do que si próprio. É o culto do "me", do "mim" e do "meu"!
Não me interpretem mal, eu não detenho a verdade da vida! Não possuo certezas absolutas! não sou fanática de coisa nenhuma... senão, talvez, do Amor!
O Amor é o meu paradigma pessoal: Amor/energia; Amor/magnetismo; Amor/fé; Amor/Vénus/Afrodite; Amor/partilha; Amor/Cristo, Amor/força que une partículas, que cria vida… que "move montanhas" -- Amor/Consciência, Amor/respeito por todos os seres viventes, deste e doutros mundos, físicos e etéreos... amor... em última análise, como ÚNICA REALIDADE!!!
Esta é a minha Verdade Hoje e está em perpétua mutação que é o próprio mistério da vida!
Ou seja, amanhã não sei em que acreditarei. Nem é importante para mim enquanto professar o "momento presente". O ETERNO momento presente… porque ainda que me reveja nas memórias do passado, faço-o no instante presente. E, quando sonho a projectar o futuro, é no momento presente que eu o faço!
Cada instante é O instante, onde tenho a liberdade de ser e de escolher tendo em conta tudo o que me rodeia...
Filomena Nunes
*
http://en.wikipedia.org/wiki/Holon_(philosophy)
Átomo
Há poucos dias, numa conversa de amigos com amigos, um amigo “arremessou” esta frase, que atribuiu a Nikolai Berdiáyev, para defender a sua opinião acerca do que teorizavamos na área das linguagens simbólicas, energéticas e da metafísica:
"A pessoa é integral, não pode ser parte de um todo cósmico ou social…"
Conheço alguma coisa de Berdiáyev, pelo menos o suficiente para perceber que esta frase talvez esteja desfazada de um contexto, sem o qual será, porventura, desvirtuado o seu sentido.
No entanto, despoletou em mim a memória de uma aula do 5º ano de astrologia psicológica no Quíron, com o prof. Nuno Michaels, em que o conceito de “hólon” ou holonarquia foi abordado.
Um holón é algo que é simultaneamente em si próprio inteiro e parte de um todo... como um átomo que é em si próprio inteiro mas parte de uma molécula. A molécula é em si completa e parte de uma célula. Ou uma célula que é inteira, mas parte de um tecido. Um tecido também é um holon, em si completo e parte de um órgão. Um órgão é, em si completo e parte de um organismo… até ao infinito.
Neste sentido, também o homem é parte de uma família, que é parte de uma tribo ou sociedade que é parte de um país ou nação, inserido num planeta que é parte de um Sistema Solar numa Galáxia, etc.
O que me permite contrapor à frase do meu amigo: a pessoa é integral “e” parte de um todo. Se é primeiro Cósmico e depois social ou vice-versa, depende da perspectiva individual e do contexto em que seja considerado.
O Universo compreende sistemas dentro de sistemas, dentro de sistemas.. do Macro ao Micro ou do Micro ao Macro, todos os sistemas se correlacionam não se passando nada num sem que o outro seja, de algum modo, afectado!!
Cada sistema é "aberto", em expansão/evolução… tal como as consciências..
Esta é a Ordem Universal que me faz sentido. E para isso estudo metafísica, porque me ensina a dar sentido à existência, sem o qual me sintiria à deriva, alienada dos Valores... dos Valores Absolutos, autênticos porque eternos e imutáveis… os verdadeiros paradigmas que têm origem nos arquétipos e têm nos mitos a sua correspondência antropomórfica!
São as Leis que regem o Universo e às quais não temos como fugir mas antes conhecer e integrar na vida de todos os dias. A cada momento.
A reconciliação com estas Leis traz-nos a verdadeira felicidade para que a Vida Plena possa ser uma realidade… e, a Vida Plena, é a vida do espírito em nós… a parte divina que nos coube a todos e a cada um e não só no homem, como em todos os reinos e sub-reinos físicos, infra físicos e supra físicos. Em todas as realidades…
As Leis não são dogmas. Os dogmas foram criados pelos “senhores" das religiões para manterem os homens na ignorância que é o condimento básico para os terem sob controlo, enquanto forem incapazes de pensar pelas suas cabeças e agir pelas suas próprias pernas. De se individualizarem. Os dogmas mudam com as conveniências...
O homem fez a sua escolha; elegeu a personalidade separada em detrimento da alma e/ou do espírito… quando também é alma e é espírito… ponto de união entre todas as coisas… daí resultam as misérias que se vêm provenientes dos falsos valores, quando não da sua completa ausência! Esqueceu-se da sua inevitável inserção em algo maior do que si próprio. É o culto do "me", do "mim" e do "meu"!
Não me interpretem mal, eu não detenho a verdade da vida! Não possuo certezas absolutas! não sou fanática de coisa nenhuma... senão, talvez, do Amor!
O Amor é o meu paradigma pessoal: Amor/energia; Amor/magnetismo; Amor/fé; Amor/Vénus/Afrodite; Amor/partilha; Amor/Cristo, Amor/força que une partículas, que cria vida… que "move montanhas" -- Amor/Consciência, Amor/respeito por todos os seres viventes, deste e doutros mundos, físicos e etéreos... amor... em última análise, como ÚNICA REALIDADE!!!
Esta é a minha Verdade Hoje e está em perpétua mutação que é o próprio mistério da vida!
Ou seja, amanhã não sei em que acreditarei. Nem é importante para mim enquanto professar o "momento presente". O ETERNO momento presente… porque ainda que me reveja nas memórias do passado, faço-o no instante presente. E, quando sonho a projectar o futuro, é no momento presente que eu o faço!
Cada instante é O instante, onde tenho a liberdade de ser e de escolher tendo em conta tudo o que me rodeia...
Filomena Nunes
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http://en.wikipedia.org/wiki/Holon_(philosophy)