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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cova do Urso


ESTE É UM TRABALHO QUE PERDURARÁ POR MUITOS ANOS,
ESTOU SEGURA!!!!
PORQUE SEI QUE O QUE SAI DO CORAÇÃO ESTÁ CERTO...
E NESTE CASO, SAIU DE 3 CORAÇÕES.
MUITO OBRIGADA
António Rosa,
Susana Vitorino
e Inês De Barros Baptista ♥♥♥

domingo, 10 de abril de 2011

VIVEMOS NUMA HOLONARQUIA

Sistema Solar
Átomo

Há poucos dias, numa conversa de amigos com amigos, um amigo “arremessou” esta frase, que atribuiu a Nikolai Berdiáyev, para defender a sua opinião acerca do que teorizavamos na área das linguagens simbólicas, energéticas e da metafísica:

"A pessoa é integral, não pode ser parte de um todo cósmico ou social…"

Conheço alguma coisa de Berdiáyev, pelo menos o suficiente para perceber que esta frase talvez esteja desfazada de um contexto, sem o qual será, porventura, desvirtuado o seu sentido.
No entanto, despoletou em mim a memória de uma aula do 5º ano de astrologia psicológica no Quíron, com o prof. Nuno Michaels, em que o conceito de “hólon” ou holonarquia foi abordado.

Um holón é algo que é simultaneamente em si próprio inteiro e parte de um todo... como um átomo que é em si próprio inteiro mas parte de uma molécula. A molécula é em si completa e parte de uma célula. Ou uma célula que é inteira, mas parte de um tecido. Um tecido também é um holon, em si completo e parte de um órgão. Um órgão é, em si completo e parte de um organismo… até ao infinito.

Neste sentido, também o homem é parte de uma família, que é parte de uma tribo ou sociedade que é parte de um país ou nação, inserido num planeta que é parte de um Sistema Solar numa Galáxia, etc.

O que me permite contrapor à frase do meu amigo: a pessoa é integral “e” parte de um todo. Se é primeiro Cósmico e depois social ou vice-versa, depende da perspectiva individual e do contexto em que seja considerado.

O Universo compreende sistemas dentro de sistemas, dentro de sistemas.. do Macro ao Micro ou do Micro ao Macro, todos os sistemas se correlacionam não se passando nada num sem que o outro seja, de algum modo, afectado!!

Cada sistema é "aberto", em expansão/evolução… tal como as consciências..

Esta é a Ordem Universal que me faz sentido. E para isso estudo metafísica, porque me ensina a dar sentido à existência, sem o qual me sintiria à deriva, alienada dos Valores... dos Valores Absolutos, autênticos porque eternos e imutáveis… os verdadeiros paradigmas que têm origem nos arquétipos e têm nos mitos a sua correspondência antropomórfica!

São as Leis que regem o Universo e às quais não temos como fugir mas antes conhecer e integrar na vida de todos os dias. A cada momento.

A reconciliação com estas Leis traz-nos a verdadeira felicidade para que a Vida Plena possa ser uma realidade… e, a Vida Plena, é a vida do espírito em nós… a parte divina que nos coube a todos e a cada um e não só no homem, como em todos os reinos e sub-reinos físicos, infra físicos e supra físicos. Em todas as realidades…

As Leis não são dogmas. Os dogmas foram criados pelos “senhores" das religiões para manterem os homens na ignorância que é o condimento básico para os terem sob controlo, enquanto forem incapazes de pensar pelas suas cabeças e agir pelas suas próprias pernas. De se individualizarem. Os dogmas mudam com as conveniências...

O homem fez a sua escolha; elegeu a personalidade separada em detrimento da alma e/ou do espírito… quando também é alma e é espírito… ponto de união entre todas as coisas… daí resultam as misérias que se vêm provenientes dos falsos valores, quando não da sua completa ausência! Esqueceu-se da sua inevitável inserção em algo maior do que si próprio. É o culto do "me", do "mim" e do "meu"!

Não me interpretem mal, eu não detenho a verdade da vida! Não possuo certezas absolutas! não sou fanática de coisa nenhuma... senão, talvez, do Amor!

O Amor é o meu paradigma pessoal: Amor/energia; Amor/magnetismo; Amor/fé; Amor/Vénus/Afrodite; Amor/partilha; Amor/Cristo, Amor/força que une partículas, que cria vida… que "move montanhas" -- Amor/Consciência, Amor/respeito por todos os seres viventes, deste e doutros mundos, físicos e etéreos... amor... em última análise, como ÚNICA REALIDADE!!!

Esta é a minha Verdade Hoje e está em perpétua mutação que é o próprio mistério da vida!

Ou seja, amanhã não sei em que acreditarei. Nem é importante para mim enquanto professar o "momento presente". O ETERNO momento presente… porque ainda que me reveja nas memórias do passado, faço-o no instante presente. E, quando sonho a projectar o futuro, é no momento presente que eu o faço!

Cada instante é O instante, onde tenho a liberdade de ser e de escolher tendo em conta tudo o que me rodeia...

Filomena Nunes
*

http://en.wikipedia.org/wiki/Holon_(philosophy)

sábado, 5 de março de 2011

Porque sou religiosa sem religião!



Quando sou abordada por representantes desta ou daquela religião, com a costumeira e um tanto estafada frase: "Deixe-me anunciar-lhe o meu Deus", eu reservo-me o direito de me antecipar ao progresso da conversa e responder: “Obrigada, não perca o seu tempo comigo. O seu Deus não pode ser diferente do meu. Deus é único!”


Compreendo a religião, conforme  a sua raiz etimológica, como religação. Religação ao divino, ao sagrado, crescimento progressivo numa determinada direcção; evolução. E neste sentido religião é sinónimo de Universo cuja raiz é  Versus Uno, regresso ao Uno.   
Crescimento para o divino, para a Unidade. Não importa as voltas que se lhe dê, é inevitável que evoluamos, que nos religuemos… assim fomos programados.
E, se precisamos de religar-nos entende-se que houve uma separação. A separação que adveio da divisão que criou a dualidade; o Um dividiu-se em Dois como uma 
célula no processo de citocinese. “O que está em cima é como o que está em baixo”...  Yin/Yang, positivo/negativo, noite/dia, quente/frio, interior/exterior... é infinito e na medida de toda a vida energético-material. Verso e reverso da mesma moeda.
Mas este processo entendo-o como aparente. No fundo tudo está ligado. No fundo de nós mantivemo-nos ligados. A questão põe-se “à superfície”. Ou seja, ao nível do ego e da personalidade com que experienciamos esta vida. O fundo é a alma e o espírito. E estes mantiveram-se ligados.  Como por um fio condutor. O fio do Amor. Aquele aspecto da divindade que herdamos e nos permite, paulatinamente, regressar à casa do Pai. Quanto mais amor, mais próximos do divino. O amor abarca absolutamente tudo o que existe. Logo, não pode separar. É incondicional. É o bom e o mau. É tudo. É o nada. Em última análise, depende da nossa perspectiva ao mesmo tempo que independe da nossa perspectiva...


Mas religação além de “tornar a ligar” também significa “ligar melhor”.

É neste sentido que eu compreendo o papel da religião. Mas as religiões instituídas não cumprem com o objectivo último que é o de ajudar as pessoas a desenvolverem o regresso à sua natureza divina, mais ou menos adormecida, a fim de evoluírem, de se ligarem melhor, que é como quem diz, de se cumprirem como divindades… "Somos feitos à imagem e semelhança de Deus" reza a Bíblia o que pode ser interpretado, entre outras coisas, como tendo a humanidade a mesma capacidade (relativa ao nosso próprio nível de crescimento), de criar.
Criar não se esgota nos actos, nos filhos ou nas artes. Também criamos apenas quando pensamos e quando sentimos. A partir do que acreditamos ser a realidade, criamos a nossa realidade diariamente. Através das crenças, dos preconceitos. 
Somos cocriadores do Universo com os deuses… mesmo que ainda a um nível inconsciente. E é urgente, nos dias de hoje, que comecemos a ter consciência do 
que criamos, sob pena de nos deitarmos na cama que fazemos...
Enquanto as religiões (instituídas, entenda-se) proclamarem que "o meu Deus é melhor que o teu", estão a fazer a apologia da separação, da divisão entre as pessoas. É um puxa-para-trás. É desamor. É contrário à mensagem de Jesus O Cristo de que “só o amor salva”.

E, se isso "serviu" até aos dias de hoje, não servirá mais a partir de agora, pois o caminho é para a união, a desmaterialização ou desdensificação se tal palavra existe!  

E como fazê-lo? Como saber direccionar a nossa vida para um caminho mais pleno 
de amor? Mais gratificante?
Não é um livro. Não é uma pessoa. Seguramente que não é uma religião, como está provado. Geralmente são muitos livros, são muitas pessoas... geralmente, são todas as pessoas que se cruzam no nosso caminho. Quer fiquem connosco e nos acompanhem, quer o façam temporariamente, ou mesmo que desapareçam num 
ápice tal como chegaram. Quer nos amem ou nos odeiem.
Por vezes é uma simples frase, uma palavra, um gesto, um olhar. Outras, uma dor. São todos os acontecimentos.
Mantenhamos o foco, a atenção em cada momento. Presentes. Inteiros. Esse momento espelha a nossa evolução, o nosso caminho de regresso.


Filomena Nunes

*